quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A quinta onda / The 5th wave (J. Blakeson)




As meninas estão ganhando força nos holofotes e Chloë Grace Moretz convence como protagonista do que pode ser o começo de uma trilogia bem interessante.

"A quinta onda" mostra que filmes adolescentes baseados em serie de livros em situações intrigantes e impossíveis veio para ficar ("Jogos vorazes", "Maze Runner", "Divergente", etc). Não são filmes exatamente profundos, mas fica difícil eu falar propriamente pois a maioria eu não li o livro, então, me atenho a falar do filme de forma isolada.

Neste filmes encontramos uma protagonista bastante imatura, Cassie, interpretada pela carismática Chloë Grace Moretz. Ela esta em processo de formação e isso acredito que vai evoluir no decorrer dos filmes. É interessante como mostram as outras quatro ondas como "flash-backs" e ao mesmo tempo são narrativas atuais do filmes. Os personagens secundarios são "coadjuvantes" de mais, não chega a atrapalhar o filme, mas talvez desse um ar menos juvenil se eles fossem algo alem de complementos, me pareceu que nos livros eles desempenham papeis mais ativos.
Temos o retorno de mais um "triângulo amoroso" (acho meio bobo, mas deve fazer sucesso o publico alvo). Ben Parish (Nick Robinson) é um personagem bom, acredito que está no nivel de Cassie, ainda amadurecendo, já Evan Walker (Alex Roe) é apaixonante, pra mim, o melhor personagem do filme. Walker chega como uma surpresa no filme, é intrigante, bonito (hehe) e imprevisível. No final do filme acredito que todos estão cheios de perguntas sobre ele. Pra mim, a partir do momento que ele aparece, passa a ser o personagem com mais importância na trama.

Muitos criticam dizendo que o filme "é mais um filme baseado em livros adolescentes", mas eu não vejo isso como um problema, acredito que o "cliché" bem feito, pode agradar, afinal, nem sempre podemos provar novas comidas, mas adoramos quando aquela comida que já conhecemos é feita de forma gostosa. "A quinta onda" é gostoso, obviamente esta "incompleto" e haverão mais filmes.

Resumindo, se gostam de Maze Runner, Divergente e Jogos Vorazes, provavelmente vai gostar deste também. Também é agrada como filme catástrofe, com fim de mundo e futuro apocalíptico. Tem também a questão da conspiração alienígena, mas como é um filme teen, não é muito complexa.

*******7/10 (- Vale o ingresso -)
O diretor fez um bom trabalho e os atores tem boa química. Algumas vezes o ritmo do filme erra, mas no final é um filme legal. Irei assistir as continuações.

terça-feira, 7 de abril de 2015

The Nightcrawler (2014) - Dan Gilroy



Alguns filmes nos fazem rir ou se emocionar, "The nightcrawler" explora a angustia e tensão emocional.

Esse é um filme bastante "egocêntrico". O personagem principal, Louis Bloom (interpretado por Jake Gyllenhaal), é um psicopata sem sombra de duvidas. Sempre que lemos um livro ou assistimos um filme, estabelecemos uma identificação empática com os personagens. Seguir alguém como Luis Bloom, em situações que testam a "humanidade" individual e ver ele não se importar com a dor ou sofrimento, trás a tona o nosso pior, e deixa o expectador tenso, querendo agir diferente sobre as circunstancias.

Em outro nível, seguramos filme na cadeira temendo que o protagonista seja pego por sua ousadia. Invadir uma cena sangrenta de homicídio e agir como apenas um trabalho, parece que estamos de cúmplices em algo que pode não ser ilegal, mas parece errado. Esse questionamento é levantado no filme.

Sempre digo, os detalhes fazem um filme bom se tornar um filme ótimo. Vemos Louis Bloom colocando água em sua planta repetidas vezes, talvez ele se identifique mais com a planta, que com as pessoas. Todos os diálogos são pontuais e fluidos. É sempre bom ver o filme acertar no tom que propõe.

Vale ressaltar que foi a estreia de Gilroy como diretor, mas ele já tem filmes como "Real Steel" (2011) e "Two for the money" (2005) no currículo de roteirista.

Essa atuação de Gyllenhaal em personagem distante e diferente, alguém sem identificação com as pessoas e que conhece o comportamento social, mas decide que não gosta, já é conhecida desde "Donnie Darko" (2001). Convenhamos que ele faz muito bem.

No final das contas, é um filme que vale a pena, mas precisa de um preparo emocional.
A fotografia e a trilha sonora conversam muito bem e os personagens secundários são muito bem trabalhados. A psicopatia do protagonista so funciona por conta do contraste com os outros ao seu redor, bem humanos, cheios de defeitos e qualidades.

********** (10)
/Tensão.
[cumpre o que propões]

https://www.youtube.com/watch?v=X8kYDQan8bw

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Blue Valentine (Derek Cianfrance) 2010




Blue Valentine é um filme marcante. Ele mostra paralelamente dois momentos da vida de um relacionamento.
O inicio é lento, mas necesario pra dar o ritmo do resto do filme.
Mesmo os que não se identificarem com a estória ou os personagens podem apreciar a brilhante obra, e notar que não precisa muito pra fazer algo maravilhoso.
Derek Cianfrance tem meu respeito pela direção impecável. As atuações de Ryan Gosling e Michelle Williams não decepcionam.
*****(5)
SELO CULT #
/Filme dor de cotovelo
Lembrando que * é estrela e / (barra) é uma característica do filme.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Xi Yan (Banquete de casamento)






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Cinema a moda antiga com temática moderna? Acho que um bom e velho final feliz pra todos ainda funciona em um filme.

O filme foca mais nas diferenças culturais e sentimentos do que no fator -gay- em si. Vale a pena ver se você gosta de filmes romantico/familiar, ou se procura filmes com tematica, ou se você for Chines. Eu recomendo o filme, mas não vai agradar a todos.


Banquete de casamento parece mais o final de uma serie dramática do que uma narrativa de cinema. Algumas vezes o filme faz parece estar faltando alguma informação, não por conta da língua e nem falta de informação do texto, panas fatores aleatórios parecem carregar a narrativa pro climax.
 
Nesse ponto eu preciso dizer, Ang Lee é um ótimo cineasta. Se compararmos suas obras vamos ver opostos. Enquanto "Brokeback Mountain" (2005) fala de uma vida inteira e muitas relações, Banquete de Casamento fala apenas de um momento importante. É ate bem objetivo.

1993 agora parece tao distante. Lee visitar o tema da homossexualidade como relação humana não é  sorte, e sim de visão. Mereceu os premios que ganhou. Estamos falando de trazer um tema marginalizado pra o mainstream.
A estória segue um chinês Wai-tung Gao (Winston Chao) que é homossexual e vive com o namorado Andrew (Dion Birney). No começo eles não transmitem nenhuma química, parecem dois desconhecidos. Com o passar do filme a relação toma ares realísticos (jogando com alguns clichês). O foco da narrativa são os pais de Wai, que querem que ele case.

A idealização do que são os pais de Wai é muito mais forte do que a representação real deles. Imagino que eles foram adaptados ao final feliz, o que funciona. Se observarmos a época, o fato de tratar de homossexualidade, as diferenças culturais (O diretor sendo chinês deve entender mais que um Brasileiro). É difícil crer que o senhor e senhora Gao (Sihung Lung e Ya-lei Kuei) possam ser tão contraditoriamente liberais.

Sobre a premissa do filme:
Andrew tem a brilhante idéia de que Wai casar com uma moça chinesa que aluga um apartamento dele pode ser a solução pra todos. Wai tem cidadania americana e Wei-wei (May Chin) precisa de Greencard pra ficar nos USA. Os pais de Wai então vem presenciar o casório, Andrew se torna, então, coadjuvante. Wai e Wei-Wei agora passam a ter uma relação relutante. Não sei se eles se gostam de verdade, a pra mim um conflito cultural entre espectador e a compreensão do filme.
O casamento deles deveria ser simples, mas uma reviravolta obvia faz com que se torne um casamento grande (os tons de humor de Ang Lee não são fluidos, muito mecânicos). Wei-Wei se aproveita de Wai bêbado e ela engravida. A partir daí tudo se encaminha pro final feliz.
Ang Lee faz filmes que são mal interpretados. São esteticamente e "filmicamente" incomuns (como HULK), mas ele é ousado e experimenta coisas novas, claro que não agrada todo mundo.
Alguns filmes escolhem mostrar a verdade nua e crua, outros a arte e estética. Uns são só entretenimento, enquanto outros tem lição de moral. Este filme representa o que é a situação e o ponto de vista do diretor de como ela poderia ser resolvida. O filme é leve. Alguns podem ate se sentir ofendidos pelo filme. Triste, perdem tanto da própria vida se preocupando com pudores ultrapassados e ilógicos.
Eu devo aproveitar a ocasião do filme e perguntar, por que as pessoas ainda se incomodam com as decisões que refletem apenas a vida dos outros. Decisões de amor que não confrontam religião, não causam mal, não envolvem dinheiro e nem atingem diretamente pessoas; fica parecendo que para muito o desrespeito e preconceito são uma espécie de carma ou diversão sádica. Deixar as pessoas viverem felizes é uma idéia tão difícil? Se as pessoas não fossem diferentes, seriamos insuportavelmente iguais.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Star Trek - Jornada nas estrelas (a nova geração)







Se alguém precisava de alguma prova dos talentos quase sobrenaturais de J.J. Abrams “Star Treck” fala por si. Um diretor experiente, produtor de extrema excelência, diria que o maior produtor da nova geração (cloverfield, LOST, Fringe) como se fosse possível ser mais talentoso ele consegue exceder como roteirista e cineasta. Ele entende tudo ao seu redor e orquestra as cenas e acontecimentos de forma tão bem planejada que passa aquela sensação de que é vida real, ou seja, mais coisas acontecem com os personagens alem do que podemos ver, chama-se “profundidade”. Não é só o aprece, faz seu papel e desaparece, existe lógica e coesão. Antes que eu perca todo o post declamando meu amor platônico por J.J. Abrams vou dizer “STAR TREK MOSTRA O QUE É UM FILME DE VERDADE, UM CLASSICO."
Os roteiristas Roberto Orci e Alex Kurtzman fazem do filme algo para virar ponto de referencia em criação de cenario de ação, basta observar como tudo funciona, graças a um roteiro bem feito, detalhado e provavelmente bem acabado. Quase visual, tenho certeza.

O verdade ilusionismo do cinema é tornar tudo surrealmente real, ou seja, tornar o impossível visualmente possível. Criar personagens não é só pensar neles, é dar vida a eles. Em star Trek (apenas salientando, estou me referindo ao de 2009) sentimos os personagens, a química entre a equipe, o cuidado com o produto final e todo o processo.
O processo é a coisa mais importante, imagine levar com seriedade a seleção de elenco, de tecnologia aplicada, de câmeras, de foco, de efeitos de câmera, de composição de cores, direção de cena, direção de linguagem corporal, cenário, edição, divulgação; fôlego que a lista é grande. Pois sinto Star Trek como um filme completo á lá Steven Spielberg.

Começamos com a construção narrativa dos sub-plots, ou seja, a historia e apresentação dos personagens, onde ao mesmo tempo somos apresentados ao grande mistério do filme, primeiramente uma pincelada.
Cada um dos principais personagens que aparecem parecem poder carregar ate seus filmes solo se fosse viável.
Cris Pine como capitão Kirk (não sei o original, mas esse é um aventureiro com espírito rebelde que gostamos de cara), Zachary Quinto como Spok não convence de cara, mas logo comprova o talento que tem (ou talvez a boa mão de Abrams). O resto do elenco, que inclui a musa Zoe Saldanha como Nyota Uhura não faz por menos e maximiza o potencial de ser secundário.

Os efeitos visuais me convenceram e a historia é firme e fiel ao próprio universo. Me pareceu tudo muito bem explicado e para a surpresa de todos que sabem como sou NERD, eu nunca havia visto NENHUM Star Trek. Poisé. Nunca mesmo, e achei que não ia compreender muita coisa, mas senti como se compreendesse tudo. Bom pra quem quer conhecer, depois do filme fiquei com muita vontade de ver TUDO.

O inicio do filme é dramático e cede lugar pra o que vem a seguir. Depois somos transportados para a terra e conhecemos a biodiversidade do futuro da realidade alternativa do filme (com direito a piadinhas e mulheres seminuas verde). Depois conhecemos um pouco do contexto político e econômico (nem tanto) do universo em questão e os sonhos e realizações dos aventureiros. Todos a seu modo outcasts.

No fim eu ate fiquei tenso e empolgado. Mal posso esperar pelo próximo (só em 2012, tem ate o Filme dos Vingadores antes), mas paciência é a maior virtude do amante do cinema. Paciencia, mente aberta e criatividade. Compreenção NÃO, se podia ser melhor DEVERIA ser melhor. Mas contextualização talvez (ver orçamento e recursos). No mais ASSISTAM STAR TREK com pipoca e refrigerante, se não num cinema, em um home theater com som surround e uma tela bem grande pra ver os efeitos visuais e tentar entender todas as sacadas NERD. Se possível em Blue Ray.

Divirtam-se Crianças.

Camille






Acabo de ver o filme Camille escrito por Nick Pustay (sim, o credito vai todo pro roterista e pros atores)

Não sei bem o que dizer. Minha visão critica aponta tantas falhas no roteiro, na trama, na lógica da realidade do próprio filme. O diretor (Gregory Mackenzie ) não demonstra nenhum talento alem do obvio. Diria que se olharmos o filme sem som, apenas imagens, teríamos arte sem foco, por sinal, durante o filme, mesmo com som, passa a mesma impressão. Eu sou obrigado a não aconselhar o filme, mas atiço a curiosidade pois no final o filme conseguiu me emocionar. Talvez a atuação sempre brilhante de James Franco (ator foda), Sienna Miller que sempre consegue me agradar ou o icônico David Carradine (o Bill de kill Bill que morrei enforcado no próprio pênis ( pesquisem no google ) acabou sendo um filme sensível e emocionante, mesmo sendo fraco e nem um pouco bom. Não é fácil de entender. Deixo a critério de vocês. Mas tem que gostar de coisas alternativas e viajadas, ignorar a realidade e ter visto My blueberry nights. Sei lá.


No inicio somos introduzidos aos personagens Silas e Camille (Sienna Miller) e o filme deveria se chamar “Silas e Camille” ou algo assim, afinal é sobre os dois. O personagens Silas James Franco interpreta magnificamente, um cara do bem que só faz besteira a vida toda. Já Camille não consegue ver nada fora do próprio mundinho.


Somos imediatamente transportados para a realidade surrealista retro modernista com tendências texanas do casar. Depois esse senso de realidade vai tomar proporções mais exageradas.

James Franco esta pra casar com a mulher mais tagarela do mundo. Ela é a sobrinha minada do xerife da cidade, Sheriff Foster (Scott Glenn). Silas se sente obrigado a casar com a ingenua Camille pois sua situação é delicada perante a lei. Ele acabou de sair da prisão e Camille não sossegara ate ficar com ele, mesmo que tudo aponte o contrario.


Se você esta esperando uma grande mudança de personalidade perante seus olhos durante o filme, tanto Camille aprendendo sobre a vida quanto Silas ficando mais gentil e apreciando as coisas, bem, acho que não é como funciona, apesar de ser exatamente isso. O único jeito de não achar a coisa toda forçada é se levarmos em conta que Silas não mudou, ele tinha aquele amor por ela o tempo todo, mas não se deixava gostar. Pois quando o lance deslancha é como se já estivesse rolando a muito tempo e o espectador não estivesse acompanhando.


Vamos a trama, que eles estão indo em lua de mel, Camille quer realizar seu maior sonho de ver as cataratas do Niagara. Silas deixa claro pra nós espectadores e pra Camille que não agüenta ela. Eles viajam numa daquelas motos com um acento encaixado do lado. Na primeira parada em uma lanchonete encontram Bob o cowboy (David Carradine; o Bill de Kill Bill), este deveria ser marcante dês de já, mas realmente achei que ele era um tarado qualquer nesse ponto do filme.

O desenrolar a partir de agora é quase fútil e parece outro filme, o casal sofre um acidente (Ela continua de vestido de noiva Deus sabe por que), Franco corre para pedir socorro e lembra que não podia esta viajando pois esta de condicional e tudo dá erra por que Camille morre.

Quando ele volta a cena do acidente Camille aparece bem e feliz da vida.


Entre a noiva cadáver, um bad boy bonzinho, beijos na chuva, cavalos azuis, banho de formol, personagens que não tem objetivo (a mulher que cumprimenta Bob como se tivesse um lance romântico, por exemplo), perseguições em ritmo de tartaruga, alguma coisa passou, pois fiquei emocionado no fim. Os pontos altos do filme são o começo, quando Silas empurra o chefe na pscina (podia ter sido mais enfatico) e o final quando chove aroz (muito interessante como o filme se solta e se prende como um ciclo).

Acho que quando o filme (ou o diretor) TENTA forçar um sentimento ou imagem iconica, ele falha, mas quando a imagem é simples e é aquilo que tem que ser mesmo, PONTO POSITIVO, sai coisa boa. O simples funciona quando a ideia ja é exagerada.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Preciosa (precious)

Preciosa é um filme marcante. Exede qualquer espectativa, e deixo claro que você pode criar todas e mesmo assim ficar chocado. Nao espere um filme de superação e beleza, preciosa é um filme belo sim, mas que possui a famosa "beleza interior". A estetica dele, violenta, vulgar e crua é exencial pra contar a historia da menina de 16 anos que foi estuprada varias vezes por seu pai aidetico e violentada por sua mae que a culpa por suduzir o namorado (pai de preciosa).
Essa é uma historia que deve ser vista ao menos uma vez na vida pois nos transporta a uma realidade paralela onde o pior é possivel, e nos da uma personagem caricaturesca capaz de sobreviver nesse mundo.

(continua)